De nossas paletas saem misturas que traduzem em cores a personalidade do morador. Seria um desperdício deixar de lado milhares de combinações harmônicas e usar um layout monocromático. Utilizando materiais naturais, ferro, madeira, pedra, e o concreto aparente, tem sempre em mente que nós vivemos em caixas de concreto que podem e devem ser obras de arte, percorrendo o caminho entre a expectativa do sonho e o ambiente exclusivo, singular.
Arquiteto que bebeu na fonte de todas as fases da arquitetura tradicional, se debruçou na formação acadêmica e técnica, buscou seu próprio viés e encontrou na arquitetura modernista seu nicho criativo. Maycon Altera tem seus momentos de Bossa Nova, Deep House ou Rock’n’Roll. Imprime em seu trabalho uma mistura irreverente à la Uakti, convergindo referências com toy arts, obras de arte de Sang Won Sung, David Lachapelle, Pedro Useche, irmãos Campana, com ênfase ao primoroso trabalho de conterrâneos, podemos citar o grafismo de Os Gêmeos, as marquises de Niemeyer, até o mais tradicional mobiliário de Sérgio Rodrigues. Seus projetos equalizam o que deu certo no passado e as mudanças que a nova geração produz com todas as possibilidades e avanços contemporâneos.
Apaixonado pelas cidades 24h em movimento, é pertencente ao que considera a melhor parte das grandes cidades: o tempo todo há pulsação nas ruas e os horários para começar ou terminar o dia é questão de afinidade. Mineiro, vive em Belo Horizonte mas poderia ser São Paulo, Tóquio, Nova York ou Pequim e faz dessa atmosfera cosmopolita o impulso para a criatividade se superar a cada projeto executado.